Executivo cogita recorrer ao STF para reverter derrubada do decreto de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras
O decreto do IOF poderia render R$ 10 bilhões neste ano e R$ 20 bilhões no ano que vem para os cofres públicos. O governo vem buscando formas para conseguir equilibrar as contas públicas e cumprir a meta fiscal de 2025.
As alternativas para angariar recursos vem se tornando cada vez mais escassas para o Executivo que corre o risco, inclusive, de não ter dinheiro para as chamadas despesas discricionárias, ou seja, não obrigatórias, que são essenciais para investimentos e funcionamento da máquina pública, no ano que vem.
Diante desse cenário, segundo o deputado, ou o governo judicializa a questão ou contingencia mais R$ 12 bilhões, tirando dinheiro, principalmente, da saúde e educação.
O efeito rebote, no entanto, pode ser ainda maior do ponto de vista político, criando uma tensão entre os Poderes, inviabilizando o diálogo e promovendo um desembarque mais ostensivo da base.
IOF: Boulos lidera ofensiva do governo no STF
Deputado do Psol anunciou que partido vai recorrer ao Supremo por decreto legislativo e convocou manifestação “contra o boicote da direita” no Congresso
Cotado para assumir a Secretaria Geral da Presidência no Palácio do Planalto após a eleição interna no PT, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) assumiu a linha de frente do governo na defesa do decreto que aumenta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O parlamentar anunciou nas redes sociais um "contra-ataque" e disse que o partido vai acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) contra a "derrubada inconstitucional" do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de assumir a judicialização do processo, Boulos convocou por meio da Frente Povo Sem Medo uma mobilização de rua contra o "boicote da direita" no Congresso.
Governo avalia consultar STF
Como mostrou a Noticias sem censura, o governo federal deve sondar integrantes do STF sobre um recurso contra o decreto legislativo que derrubou o aumento do tributo.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que quer ir à Justiça buscar nova fonte de receita no orçamento.
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